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Sustentabilidade nas empresas – as novas tendências

EM: Sustentabilidade.25 JANEIRO, 2022
Sustentabilidade nas empresas – as novas tendências

No panorama atual de esforços internacionais para contornar as consequências das Alterações Climáticas, o contributo das Empresas é fundamental para atingir os objetivos postulados no Pacto Climático de Glasgow e, por isso, será de esperar que as Empresas invistam em práticas mais Sustentáveis.

Assim sendo, deixamos-lhes algumas Tendências de Sustentabilidade que veremos as Empresas adotar – ou reforçar:

  1. ESG – Environment, Social and Governance
  2. Redução das Emissões de Dióxido de Carbono
  3. Economia Circular
  4. Modelo de Trabalho Híbrido ou Remoto
  5. Preocupação com a Saúde Mental em Contexto Laboral

ESG – Environmental, Social and Governance

A sigla ESG – Environmental, Social, Governance – descreve as áreas que caracterizam um investimento sustentável, responsável e ético e é uma referência para práticas e investimentos empresariais que têm como objetivo final um desenvolvimento sustentável.

  1. Ambiental (Environmental) - Reflete o comportamento empresarial em relação a todo e qualquer problema ambiental – alterações climáticas, biodiversidade ou poluição.
  2. Social – Esta área engloba as questões e preocupações sociais, incluindo as temáticas da desigualdade, equidade, inclusão, bem-estar dos colaboradores ou direitos humanos.
  3. Governação (Governance) - Compreende os problemas relacionados com a estrutura de governação empresarial, as remunerações ou o estilo de comunicação. 

A ESG começou a dominar o discurso corporativo em 2021, e desde de então tem ganho ênfase no desenvolvimento sustentável das empresas.

O Impacto Corporativo nas Alterações Climáticas e na Biodiversidade constitui-se como uma preocupação crescente a nível global, o que impulsionará as Organizações a desenvolverem e implementarem mais estratégias positivas para o meio ambiente.

No novo ano civil, espera-se que as Empresas se foquem no “S”, de “ESG”. O Global Investor Study demonstra que 57% dos Investidores afirmam que, devido ao contexto pandémico atual, os problemas sociais se tornaram mais importantes para si. Assim sendo, e como vamos explorar mais à frente, em 2022 poderemos verificar uma maior preocupação com a equidade salarial, a diversidade, o bem-estar dos colaboradores ou os programas de inclusão social.

De forma geral, a população está a tornar-se mais consciente do impacto das suas escolhas, o que levará diversas Empresas a implementar ou a reforçar práticas mais sustentáveis e a investirem no ESG enquanto indicador de um conjunto de padrões e boas práticas que definem uma Empresa socialmente consciente, sustentável e gerida corretamente, de forma a tornarem-se mais apelativas aos stakeholders.

No que diz respeito à ESG, a Microsoft é uma das empresas que se destaca no panorama internacional. A nível ambiental, tem como objetivo o de promover um desenvolvimento sustentável, motivo pelo qual, e entre muitos outros exemplos, é neutra em carbono desde 2012 e compromete-se a ser negativa em carbono e zero-waste até 2030. No domínio social, acredita que tem a responsabilidade de garantir que a tecnologia desenvolvida é benéfica para todos os indivíduos e defende que as Empresas “podem e devem fazer mais”, pelo que apoiam os direitos humanos, abordam a desigualdade racial sistémica e defendem a inclusividade de todos. No que ao Governance diz respeito, a Microsoft sabe que as suas decisões afetam funcionários, clientes, parceiros, acionistas, fornecedores e comunidades, por isso considera a opinião de todos estes e procura-a. A cada ano, a empresa recebe a contribuição/opinião de milhões de pessoas – quer sejam de clientes individuais, de legisladores ou de especialistas globais em direitos humanos.

Para saber mais sobre ESG, clique aqui.

 

Redução das Emissões de Dióxido de Carbono

A “Carbon Offset” (Compensação pelo Carbono) consiste numa estratégia de redução ou compensação pelas emissões de gases de estufa e ocorre quando uma Empresa financia projectos que removem ou previnem a libertação de gases de estufa. Os projectos em causa podem ser projectos simples (plantar árvores) ou complexos (desenvolver tecnologia que capta gases de estufa da atmosfera).

Esta estratégia de combate às Alterações Climáticas já é comum nos círculos da Sustentabilidade, mas com o aumento da necessidade de desenvolverem e de se tornarem mais apelativas aos stakeholders, as Empresas com elevados níveis de emissão de gases de estufa serão pressionadas a implementar medidas que compensem o seu contributo negativo para as Alterações Climáticas.

A Major League Soccer, a Associação de Ténis Americana, a NASCAR, os New York Yankees e os New York Mets são algumas das Organização que já aderiram a esta estratégia, nomeadamente através da oferta de milhares de fogões a países em desenvolvimento no Continente Africano, incluindo a Moçambique e ao Zimbabué. Como é que estes Pojectos são benéficos?

  1. Redução da Emissão de Gases de Estufa: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 2.6 bilhões de Indivíduos ainda cozinham através de fogueiras poluentes ou de fogões movidos a querosene, biomassa e carvão. Assim, ao utilizarem fogões e combustíveis mais sustentáveis, estão a diminuir as suas emissões de gases de estufa – quando comparado com as emissões dos métodos prévios.
  2. Qualidade de Vida: O uso de métodos de confeção poluentes prejudica a qualidade do ar doméstico e, de acordo com a OMS, 4M de indivíduos morrem prematuramente por doenças atribuídas à poluição deste. Assim, a qualidade de vida dos Indivíduos que beneficiam do uso de fogões mais sustentáveis será maior, porque a qualidade do ar doméstico será mais elevada.

 

Economia Circular

A Economia Circular consiste na ideia de que todos os produtos devem ser projetados para serem reutilizados e partilhados, ao invés de descartados. Assim, de acordo com esta filosofia, os produtos devem ser desenvolvidos e partilhados de forma sustentável.

Numa Economia Circular, e entre outros, um produto pode ser:

  1. Desmontado e os seus materiais utilizados para o desenvolvimento de outros produtos;
  2. Vendido/Cedido (e reparado se for necessário) após ser utilizado por um consumidor;

A VIGGA, empresa de roupa infantil Dinamarquesa, assenta a sua filosofia de negócio na Economia Circular. Quando se torna subscritor desta marca, o consumidor recebe 20 peças de roupa – de elevada qualidade – que são disponibilizadas mediante um preço mensal. No caso de uma peça se estragar ou não servir, o consumidor pode substituí-la sem qualquer encargo adicional. Posteriormente, as peças trocadas são avaliadas, lavadas e distribuídas por outros subscritores, mas se estiverem danificadas, então são enviadas para a fábrica, onde são transformadas em material para produção de novas peças de roupa. Através desta filosofia, a VIGGA reduziu o desperdício têxtil em 70-85%.

Embora ainda seja uma tendência recente, espera-se que a Economia Circular se torne mais relevante a apelativa, não só porque é sustentável a nível ambiental, mas também por ser mais sustentável a nível económico, o que torna a Economia Circular apelativa às mais diversas Indústrias.

 

Modelo de Trabalho Híbrido ou Remoto

Os Modelos de Trabalho Remoto e Híbrido ganharam relevância em 2020, devido aos diversos períodos de Confinamento decretados pelos Governos, e espera-se que a tendência do Trabalho Remoto e/ou Híbrido se mantenha em 2022. É uma tendência de Sustentabilidade menos convencional, mas surpreendentemente eficaz.

Os Modelos de Trabalho em causa beneficiam não só as Organizações, através da poupança de recursos, do aumento da produtividade, dos horários flexíveis e de um menor nível de turnover, como também protegem o Ambiente.

  1. Redução da Emissão de Gases de Estufa e Aumento da Qualidade do Ar
    1. Os Modelos de Trabalho Remoto e Híbrido diminuem as deslocações ao local de trabalho, o que reduz o uso de veículos privados e diminui as emissões de Gases de Estufa – pois há uma redução drástica da utilização de combustíveis fósseis.
    2. Neste cenário de redução da emissão de gases de estufa, e de acordo com a Organização das Nações Unidas, registou-se – durante os períodos de lockdown – um aumento na Qualidade do Ar, em diversos pontos do globo. A título de exemplo destacamos o Sudeste Asiático, que registou uma redução de 40% no nível de partículas nocivas no ar causadas pelo tráfego e produção de energia.
  2. Redução do Consumo de Plástico
    1. Quando trabalham na Empresa, e pela maior necessidade de compra e/ou transporte de bebidas e alimentos – os Colaboradores utilizam mais garrafas, copos, utensílios e embalagens de plástico. Ao trabalharem a partir de casa, os Colaboradores tendem a optar por produtos não descartáveis, o que diminui o uso individual de produtos de plástico.
  3. Redução do uso de Papel
    1. Ao trabalhar no Escritório, os Colaboradores tendem a fazer muito mais impressões do que o necessário, pois priorizam a partilha de documentos em formato físico e não online. Contrariamente, ao trabalhar a partir de casa, os Colaboradores partilham os documentos necessários de forma online, através de diversas plataformas.

De acordo com estudos recentes, salienta-se que uma percentagem considerável de Colaboradores é adepta dos Modelos de Trabalho Remoto ou Híbrido –  o que demonstra que este é benéfico para o Colaborador, para a Empresa e para o Ambiente – mas é fundamental ajustá-los para que se tornem Modelos de Trabalho protetores e potenciadores da Saúde Mental dos Colaboradores.

De acordo com a APA (Associação Americana de Psiquiatria), a maioria dos Colaboradores afirma que trabalhar a partir de casa tem impactos negativos na sua saúde mental – isolamento, solidão e dificuldade em se afastar do trabalho ao final do dia foram algumas das consequências mencionadas. Adicionalmente, verifica-se que ainda há um estigma social em falar de Saúde Mental no local de trabalho, quer seja com os Colegas ou com Superiores Hierárquicos.

Quando mencionamos o conceito de Sustentabilidade, é importante considerar não só a sua vertente Ambiental, mas também a vertente Social. Com base nisto, os Modelos de Trabalho Remoto e Híbrido apresentam-se como Modelos Sustentáveis Ambientalmente, mas podem falhar em ser Modelos Sustentáveis a nível Social.

A Automattic – empresa norte-americana de desenvolvimento de software – é um exemplo de sucesso no que ao Modelo de Trabalho Remoto diz respeito. Os Colaboradores desta Empresa trabalham remotamente e podem fazê-lo a partir da localização que mais desejarem – casa, café, biblioteca ou qualquer outra – o que lhes dá uma flexibilidade adicional e permite diversificar os dias de trabalho dos Colaboradores. Adicionalmente, e entre outros, a Automattic faz um encontro anual com todos os seus Colaboradores, oferece o setup de trabalho necessário para que os Colaboradores exerçam as suas funções, disponibiliza serviços e benefícios de saúde bem-estar e subsídio de coworking – se estiverem a trabalhar a partir de um café, podem utilizar este subsídio para pagar o que consumiram, por exemplo.

 

Preocupação com a Saúde Mental em Contexto Laboral

Num contexto de Sustentabilidade Social, espera-se que a preocupação com a Saúde Mental em Contexto Laboral aumente. No próximo ano civil espera-se a continuação da destigmatização da saúde mental, uma maior prestação de apoio psicológico aos Colaboradores, a promoção de ambientes de trabalho que previnam o Burnout e uma maior literacia e educação em Saúde Mental.

Destigmatizar a Saúde Mental: Com o aumento dos desafios impostos à Saúde Mental dos Colaboradores, aumenta também a necessidade de combater o estigma associado a doenças e pertubações psicológicas, pois este é uma barreira à procura de cuidado, apoio e tratamento, o que pode ter consequências ainda mais negativas para a saúde dos Colaboradores. Quer seja em e-mails, em reuniões ou em conversas casuais com os Colaboradores, falar sob gestão de stress, autocuidado e saúde mental será mais comum.

Apoio Psicológico aos Colaboradores: Assim sendo, e à medida que os desafios da Saúde Mental dos Colaboradores se tornam cada vez mais evidentes, o mesmo ocorre com as suas expetativas de apoio por parte da Entidade Patronal e o que antes era visto como uma exceção (apoio psicológico aos Colaboradores), poderá se tornar a norma, especialmente em setores altamente competitivos. Como tal, será mais comum as Empresas facilitarem a prestação de serviços de apoio psicológico aos seus Colaboradores.

Construção de ambientes de trabalho que previnam o Burnout: Estudos demonstram que os responsáveis empresariais reconhecem o Burnout como um problema que afeta a sua Empresa e os seus colaboradores e que aumenta o turnover e, adicionalmente, diversos Colaboradores afirmam que o Burnout é um motivo pelo qual procuram trocar de emprego. Como tal, e de forma a se tornarem mais apelativas ao Cliente Interno, preve-se que mais empresas tomem medidas proativas para enfrentar as deficiências organizacionais que contribuem para o Burnout.

Aumento da Literacia e Educação sobre Saúde Mental: Com o aumento já mencionado de diversas perturbações psicológicas, os responsáveis empresariais necessitam de estar mais vigilantes para os sinais de alerta. Para equipar os primeiros com as competências e conhecimentos para o fazer, espera-se que as empresas ofereçam formações, coachings, webinars e/ou workshops – onlines, presenciais ou mistos – que incidam nas temáticas da Saúde Mental e que dotem os responsáveis empresariais de ferramentas que os capacitem para criar um ambiente de trabalho mais positivo para a Saúde Mental dos Colaboradores e que fomentem a resiliência dos mesmos.

O Barclays posiciona-se como uma Empresa comprometida em criar uma cultura aberta ás questões da deficiência e saúde mental. Através do programa “This is Me”, o Barclays incentiva os Colaboradores a contar as suas histórias pessoais, o que  muda as perceções sobre deficiência, saúde mental e neurodiversidade no local de trabalho. Adicionalmente, fornece também recursos e apoios para que os seus Colaboradores se sintam mais confiantes na sua própria pele. Em 2013 – ano de desenvolvimento do programa – apenas 9 colegas partilharam as suas experiências pessoais, mas atualmente esse número já ascende os 250 Colaboradores. O resultado? O número de Colaboradores que compartilhou que têm uma deficiência, uma perturbação neurológica ou um problema de saúde mental aumentou de 3% para 11%.

 

Como pudemos constar ao longo desta exposição, a Sustentabilidade, em todas as suas vertentes, é um domínio de destaque para a maioria das Empresas e continuará a sê-lo no próximo ano civil. Por termos consciência de que o poder de mudança está em cada um de nós, a Bright Concept aposta em medidas e práticas que espelham os princípios da Sustentabilidade ambiental, social e de governance. Quer adotar uma identidade mais sustentável e não sabe como fazê-lo? Contacte-nos.

 


Nádia Marques