Já alguma vez decidiu melhorar a sua produtividade, as suas relações com os outros ou o seu bem-estar? Imagino que sim, e também que não foi uma tarefa fácil. Se teve um coach, foi mais fácil e eficiente, pois o acompanhamento foi consistente, aproveitou bem o seu potencial e encontrou as suas próprias soluções. Mesmo assim, passado um ano, alguns dos hábitos que queria perder foram voltando. Então, o que pode fazer para ter uma mudança mais sustentável?
Neste momento, já sabemos como treinar o cérebro para se libertar de hábitos e formas de pensar que nos prejudicam. E também já sabemos como ativar formas de pensar sábias que criam hábitos que nos fazem sentir bem e nos tornam mais eficientes.
Com efeito, com os avanços recentes na ressonância magnética funcional, os cientistas e psicólogos já conseguiram testemunhar o funcionamento do cérebro em tempo real e ver o impacto do Mental Fitness. Este é bastante simples e agradável e requer apenas sete semanas de treino de 15 minutos por dia.
Vejamos o caso de um Diretor de uma multinacional que teve Coaching e Mental Fitness. O José tinha uma personalidade muito extrovertida e racional. Gostava de planear tudo e era muito organizado. Todos os dias o José esforçava-se por fazer bem o seu trabalho e tinha muito bons resultados. Tinha ambições de subir ainda mais na carreira e achava que estava tudo bem encaminhado para isso. Um dia a Administração na sede pede um assessment das suas competências e o resultado foi que não devia ser promovido pois, apesar de ter muitas competências, faltava-lhe empatia e era muito crítico com os colaboradores e com os pares.
José ficou muito abalado com este resultado, mas acabou por o aceitar e decidir fazer Coaching. Durante o Coaching trabalhou a empatia, a forma de liderar e o seu espírito crítico. Mediu a sua mental fitness e fez o treino mental com a plataforma de Positive Intelligence® durante sete semanas.
No fim do processo os resultados já eram visíveis: os seus níveis de stress baixaram. Com os outros estava mais atento ao que faziam bem e quando algo estava mal dava feedbacks construtivos em vez de críticas. Com os colaboradores passou a fazer Coaching e a falar do propósito para os inspirar. Após nove meses fez novo assessment onde melhorou significativamente as suas competências de liderança e empatia. No fim desse ano conseguiu o que sempre tinha desejado – chegar a Diretor-Geral.
Se quer ter uma mudança consistente como aconteceu com o José, tenha conversas poderosas com um coach para descobrir o que quer mudar, e como o fazer. Ao mesmo tempo desenvolva músculo mental para dominar a arte de ativar os pensamentos que quer e desativar os que não quer. Concluindo, para ter uma excelente aptidão mental não basta ter insights. É preciso também construir músculo mental.
Isabel Freire de Andrade, CEO da Bright Concept
Este artigo foi publicado na edição de outono da revista Líder.